O Senhor é o meu Pastor (Salmos 23)

O Senhor é o meu Pastor (Salmos 23)

O Comentário de Beecher (Citado por H. H. Halley, "Manual Bíblico") é interessante: "Este Salmo tem voado para cima e para...

O Senhor é o meu Pastor (Salmos 23)

O Comentário de Beecher (Citado por H. H. Halley, "Manual Bíblico") é interessante: "Este Salmo tem voado para cima e para baixo na terra, como um passado, cantando o mais doce cântico jamais ouvido. Tem acalmado mais aflições do que todas as filosofias do mundo. Prosseguirá gorjeando para vossos filhos, para os meus, e para os filhos deles, até ao fim do tempo. Quando tiver realizado sua missão, voará para o seio de Deus, recolherá as asas e continuará para sempre, cantando no feliz coro daqueles que ajudou a levar para lá."

 

Pontos de destaque do Salmo 23:

 

1. O Pastor é Deus (vs. 1º)

Deus aqui é identificado com o nome de Yahweh, o nome considerado mais sagrado de Deus - o "EU SOU". Com este nome "Deus se revela como o Deus da graça, que sempre existiu e sempre existirá, que não fica velho, não muda, é eternamente o mesmo." (Rev. Adão Carlos Nascimento).

 

A declaração "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará", é o reconhecimento de que o Pastor é o Deus Todo-Poderoso, eterno, gracioso, provedor, bondoso e imutável.

 

2. O pastoreio de Deus (vs. 2-3)

Davi apresenta as ações e benefícios de Deus como o seu Pastor, a saber, Deus lhe dava repouso em pastos verdejantes, descanso junto às águas e refrigério para a alma, bem como o andar por seus caminhos de justiça - sustento, descanso, refrigério e direção. Todos desejam esses benefícios, mas só o Pastor Eterno pode oferecer.

 

Deus faz tudo isso "por amor do seu nome", ou seja, com base no pacto que Ele fez com seu povo e jamais quebrará sua aliança, pois Deus é fiel.

 

3. A segurança em Deus (vs. 3)

Se Deus é fonte de todo cuidado para suas ovelhas, nem mesmo a morte poderá ser problema para os que são do Senhor. Embora a morte seja o rei dos terrores, as ovelhas de Cristo sabem que a morte já foi derrotada, e ela nada mais é do que a passagem desta vida para a próxima com Deus.

 

Portanto, se a morte chegar, a ovelha de Cristo, que já tem o cuidado de Deus nesta vida, continuará debaixo do cuidado de Deus no além - se Deus está comigo, diz o salmista, nem a morte pode me causar qualquer dano.

 

Este é o conceito de Romanos 8.38-39: "Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."

 

Nas mãos de Deus, o Supremo Pastor, estamos seguros, mesmo diante da morte. Louvado seja Deus!

 

4. A devoção a Deus (vs.5-6)

Todo esse cuidado de Deus leva o salmista a se consagrar ao Senhor, ainda mais considerando a refeição final - a mesa da aliança.

 

No Antigo Testamento, comer e beber à mesa de alguém significava entrar em aliança, um vínculo inquebrável. Davi possuía convicção de que, mesmo estando os adversários à espreita, Deus prepara a mesa para suas ovelhas, unge suas ovelhas e dá às ovelhas mais do que o suficiente.

 

Por tudo isso, Davi desejava comunhão intensa e eterna com esse Deus. Seu desejo se manifesta nas palavras: "Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor para todo o sempre." Nada podia ser mais importante para Davi do que consagrar-se a Deus e depender desse Pastor Supremo.

 

Que Deus nos abençoe. A Deus toda glória!

 

Rev. Wagner Leite Bonfim